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  • Lula interage com Esther Dweck sobre greve nas universidades: "Não sei como você não tomou uma vaia"


  • Professores e servidores técnico-administrativos das universidades públicas brasileiras solicitam reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais com aqueles concedidos ao Legislativo e ao Judiciário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) brincou, na quarta-feira (15), sobre papel da ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, na negociação.

Lula disse que não sabia como a Esther não havia sido vaiada, já que não conseguiu "resolver o problema do acordo dos professores".

A fala de Lula foi no decorrer de um evento feito na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

A menção de Lula refere-se às paralisações realizadas por professores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas brasileiras, que protestam pelo reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais aos concedidos ao Legislativo e ao Judiciário, ainda em 2024.

"Ministra que negocia greves"

"Eu não sei como a gente está numa faculdade e você não tomou uma vaia aqui, porque não conseguiu resolver o problema do acordo dos professores", relatou Lula, em som de brincadeira, à ministra que "negocia as greves".

Suavizando o cenário, o presidente prosseguiu que Esther é "uma mulher extraordinária" e "fantasticamente competente"

A fala de Lula foi durante em evento destinado ao anúncio de medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul e ajuda às famílias vítimas pelas enchentes que já geraram consequências para mais de 2,1 milhões de gaúchos.

Ao longo do discurso, o petista também relatou que não sabia que havia tantas pessoas negras no estado e ainda citou à divergência de liberação de recursos entre o governo federal e o governo estadual, sob gestão de Eduardo Leite (PSDB).

Em relação as greves nas universidades e institutos federais, o chefe do Executivo disse, em entrevista realizada no dia 7 de maio, que o cenário não lhe "encanta" e, assim como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), Esther também deseja "negociar o mais rápido possível".

Ainda na quarta-feira, o governo compartilhou um novo projeto de reajuste salarial aos servidores públicos que pode chegar a 31% até 2026. 

Porém, se  os valores forem aceitos, eles só poderão ser pagos a partir do ano que vem.

A proposta foi detalhada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, durante uma reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).